quarta-feira, 25 de abril de 2007

Qual é a Intenção? Quem ganha? Quem Perde?


Até Tu Brutus?

A imprensa está em polvorosa, dando pano para manga, numa briga de um só, quer dizer de uma só: a verdade. Esta sempre vem à tona, pode custar, mas, se não for meia hora depois, certamente quando vir a público descredita o falastrão e mentiroso. A justiça tarda, por falta de organização e até interesse das partes, mas, não falha, ela vem com os seus requintes. Não estamos aqui para criticar o jornalismo sério, aquele fundamentado na ética jornalística; respeitamos a liberdade plena do exercício, isto é, a deontologia jornalística. Mas, pensamos que um está ligado ao outro, pois o dever deve sempre ter a ética como princípio.

Evidente que sabemos que os jornalistas podem ser vítimas de informações desencontradas pelas assessorias, ou ainda ter que se submeterem, erroneamente, aos famigerados recos e matérias plantadas ou até mesmo ao jabaculê. Entende-se por reco a recomendação por instâncias superiores do jornal ou outro meio de comunicação, para que determinada "notícia" seja publicada. Infelizmente a prática voa solta em nosso meio, pois, a gama de profissionais que apenas visam o lucro e não se atêm com o compromisso da verdade e a imparcialidade dos fatos, é considerável, e faz um estrago, por vezes, irreversível.

O acontecido ontem envolvendo o nome de Íris seria cômico se não fosse trágico, pois, nos dá margem a pensarmos em muitas possibilidades. O que aconteceu para que conceituado jornal se expusesse como se fosse um pasquim sem ter ocupações maiores? Esse é o cerne da questão.

Estava preparado para fazer a crítica construtiva referente às supostas ações de Irislene Stefanelli e sua relação com o seu blog fã, mas, para minha surpresa, o jornal que eu confiava e lhe tinha credibilidade, faz um papelão de colocar uma matéria outorgando Íris como se ela fosse a protagonista das ações por trás do blog e, logo após desfaz o veneno, porém, a cicuta desfalecera fãs, massageara egos a favor da pseudoverdade, o estrago foi instaurado. Que ela, a caipira, havia deliberadamente pedido aos MILHARES de fãs que mandassem e-mails para a rede globo, exigindo-a, como assistente do programa “Caldeirão do Huck”, diga-se de passagem, nunca vi o programa, por não me entreter e por falta de tempo para apreciá-lo com outros olhos. Confesso que a curiosidade sobre o programa se instalou e tive que ver com os meus próprios olhos. Vi um quadro que me deixou contente e chamou atenção: “O Soletrando”, onde vi um guri, que não levou a melhor, mas deu show. O estudante foi dez!

Mas, o mote é outro, logo, voltemos a ele. A Folha (ou folhinha?), não sei se recebeu e-mails ou os responsáveis diretos se cobriram de súbito senso do ridículo, o fato é que se mudou o contexto que a priori queriam passar. Desta vez “informavam” que o blog era autorizado(abençoado) por Íris e administrado por fãs. Assim, sem mais nem menos e nenhuma nota colocando o saco da vergonha. A foto era a mesma e a legenda também, sugerindo(enfaticamente) que Íris estava fazendo lobby através do blog-fã. Pouco tempo depois a legenda fazia referência ao ensaio dela para a revista VIP. É ou não é caso para se pensar nas várias possibilidades:


-a assessoria de Íris passou a informação errada ou as fãs caíram na armadilha do estagiário;

- a assessoria de outra pessoa inconformada com o sucesso de Íris plantou a nota;
- o blog “afirmou” que era dela, a responsabilidade pelas postagens e pedidos;
- o jornalista que fez a matéria é um estagiário;
- não existe redator chefe na espelunca;
- não há organização e padronização no que se veicula;
- não ha fontes idôneas;
- foi um jornalista que não suporta a loira por ela ser, supostamente limitada, e ele, convictamente, o intelectual do momento;
- algum leão ou lobo que tem relações tórridas com o jornalista "sugeriu"; para que fosse feita a vontade do casal de revoltados;
-difamar propositadamente a loira, para que fique patente que ela não sabe nada, não tem talento e, portanto, deve se recolher a sua casca de Siri;
-levantar uma discussão no dia seguinte para fazer o boato se transformar em verdade, que Íris é a responsável pelo "pedido", o lobby;
-colocar em patamar nacional que Íris, apesar do carisma ENORME, não merece lugar na televisão e deve voltar para Uberlândia e terminar o seu curso de Enfermagem;
-marketing negativo do jornal sobre Íris para colocar em cheque a sua suposta falta de talento artístico e deixar explícito uma também fictícia agonia em querer se manter na mídia; e

-o que me der na telha... apesar de tender a pensar mais na possibilidade de que o jornalista se baseou numa nota anônima, portanto sem caracterização pessoal, em documento tido como "oficial". Pergunta: o referido autor da matéria perdeu alguns minutos ao telefone com a assessoria de Íris para que fosse ratificado ou não, o " pedido" da moça às ações do blog? Como fica o rigor dos dados e a aferição dos juízos de valor?

Quem ganha com essa nota, tentativa de espetar quem está trabalhando? Quem perde, com essa manifestação de errata, ou erro ou fazer parecer erro? Quem participou ao jornalista sobre a intenção da moça? Quem ele pensa que é para se aproveitar de sua ocupação e "poder" para levantar falso testemunho? Qual é o lema desse grupo de comunicação? Foi errata ou propósito de causa? Agora, eu exijo a verdade.

Os digníssimos profissionais que compactuaram a nota infundada, acreditam nisso? Porque então, não o fazem de maneira clara, objetiva, com argumentos entendíveis e não com essa sujeira da dúvida, do sarcasmo, da calúnia? Onde está a crítica séria? Brincar dessa forma é ser irresponsável, é perder credibilidade construída com anos de experiência e suor de outros que elevaram o nome do folhetim a algo a ser lido por muitos. É jogar na lama suas credenciais.

O que se ganha com isso? Digam-me, eles querem o quê com isso? Deixem a garota em paz. Quem sabe se ela se enquadra ou não, e como será aproveitada e se for, são os meios interessados. Não existe só rede Globo no Brasil. E esta, como o Brasil, está fazendo a sua abertura também. Só não aproveitam a menina se forem segregadores e preconceituosos mesmo. Ou você acha que eu vou deixar de assistir uma Íris a um ser samambaia qualquer, esses que a gente quando vê, faz uso do controle remoto? Eu hein! Somem um mais um e cheguem à conclusão que lhe apetecerem.

Não sou radical como muitos. Não sou fanático e, tampouco me encho de empáfia e digo que esse ou aquele é povo-gado e eu o centro do universo, que faço parte de uma percentagem de privilegiados, os não manipuláveis. Ô amigo diferente, vê se respeita minha opinião e cai fora daqui, intelectual do Google. Eu respeito a sua opinião e ouço os seus argumentos, portanto, quero respeito pela minha visão, entendeu gênio indomável? Vivo o que vai ao encontro com as minhas verdades e ponto.

Quer discutir? Seja bem-vindo. Quer anarquizar? Fique com a sua tribo de QI elevado; sou povo-gado. Não me sinto à vontade em pensar que os outros estão errados se forem contra as minhas vertentes da verdade. Verdades para você cara pálida! Não sou obrigado a seguir o teu caminho porque você não tem NADA a acrescentar, nem para mendigos de intelecto. É você mesmo imprensa marrom e blogóides de m**da! Suas verdades não passam de egocentrismo bem redigido e de conteúdo narcisista, sorrelfo, contraditório e preconceituoso. Sensacionalismo idiota!

Não sou contra os pedidos educados, reivindicações saudáveis, pois, as várias mídias tem o público como fim. Atender a essas expectativas é o objetivo maior, senão, o retorno será pífio. Sou contra a doença instaurada; o desvario incontrolável dos sentimentos. As faltas de percepção de até onde podemos ir, solicitar, exigir e se meter na vida alheia é algo a ser analisado com propriedade. Quem poderia de fato melhorar essa situação vem a público e se faz de desentendido e põe mais lenha na fogueira das vaidades. É querer chamar para a briga quem não está articulado para o embate, é covardia. Contra o fanatismo exacerbado não ha argumentos sem entendê-los primeiro. Esta cegueira também é uma mazela, fruto de fatores contemporâneos: a falta do que fazer, impunidade das contravenções nas ações rasteiras, a carência coletiva, falta de aprendizado lógico, falta de educação mesmo. O Brasil precisa desenvolver a sua capacidade moral e intelectual para poder se interagir socialmente. O tempo urge e a globalização nos abocanha, sem perdão.

Temos tudo para fazer a diferença, mas nos falta algo primordial nas nossas relações: o respeito. Respeito à vida, a opinião adversa, à aceitação legítima da maioria, lógico que satisfazendo as minorias, dando-lhes o amparo legal para as suas conquistas e realizações. Mas, tem que haver respeito. É utopia o que falo, ou aspiro para o meu país e compatriotas? Ou é possível que nossos filhos e netos tenham um Brasil melhor que o que temos? Eu trabalho e busco um mundo melhor a cada dia. Luto para que essas diferenças não sejam determinantes nas renúncias das escolhas. Não quero ver a próxima geração ir contra a sua verdade porque o sistema impõe. Não quero ver a corda se arrebentar do lado do mais fraco. Simples assim. (jargão da elite intelectual do Google, quando quer findar uma questão sem direito de réplica e tréplica - risível).

Infelizmente de norte a sul, leste a oeste, as diferenças na renda e qualidade de vida são gritantes, descomunais. Não bastasse isso, o “brasil” envida esforços para discriminar mesmo, em pensantes e não pensantes, mortais e imortais, os privilegiados e miseráveis, a elite e o povão, os formadores de opinião e a massa de manobra, os cautelosos e os incautos, os que mandam e os que obedecem, os donos de engenho e os escravos. Narcisistas, é o que somos! Anões em discernimento. E o mundo gira, e isso, é o mais preocupante.

O costume de guiar-se sempre pela consciência, chama-se retidão. Manifesta-se no amor à verdade e dá uma grande beleza e fortaleza ao caráter.
(Juan Luis Lorda)

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