sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

● Revelando e Superando um Perfil!


O Big Brother Brasil 8 tem seus personagens se delineando e, vejo, que algumas figuras já mexem com o imaginário da galera. Uma delas é a Gyselle, que fez uma campanha interessante, ganhou seu espaço entre alguns blogueiros, me incluo nesse meio, fazendo uso de uma imagem de mulher-fatal - ela é por essência. Gostei dela. Retifico aqui minha impressão, a priori, sobre a garota que, como candidata, mostrou seu lado sex appeal para ganhar notoriedade, mas na verdade, está parecendo que é uma estranha no ninho - de cobras.

Pois, o jeito que pensara que era, o "cheguei pra abalar", deu lugar a uma menina-mulher que chama atenção pela simplicidade, porém, está distante de ser uma bobinha. Ela lê o que rola ao seu redor, apesar de não expressar e está amadurecendo as relações.

Mas, a pergunta é: como se comportar no meio de pessoas que também fizeram de tudo para se evidenciarem, usando, assim, desde a sensualidade, algum talento, espontaneidade, agressividade, QI... até escolaridade? São homens e mulheres que, de uma forma ou de outra, ganharam suas oportunidades nos vendendo um determinado perfil. Aqui o x da questão. Como superar o real perfil lá dentro, onde todos querem ganhar terreno, um querendo ser melhor que o outro? Como agradar sem ser comparado com estereótipos adorados por uns e odiados por outros?

Difícil, ainda mais se você for uma pessoa tímida e viver com o conflito interno de querer agradar a todos sem ser pedante, sem parecer para as câmeras que a aproximação não é meramente jogo. Gyselle parece que está perdida entre tanta gente escolada e tal e que viveu, na maior parte do tempo de suas vidas, situações bem distintas que a dela. Gyselle tem 24 anos e, apesar de ter viajado e conhecido outro ambiente, o seu lado interiorano e humilde é muito presente, vide as roupas que usa e seu jeito lacônico de se expor. Ela é linda por natureza, a beleza que flui com o sorriso moleque, às vezes fora de hora, encanta. Gosto de vê-la sorrindo, gosto de vê-la tentando superar o perfil que ela é por natureza, uma garota bonita, porém, receosa de abusar de seus dotes para agradar, pois na Big House a concorrência para aparecer é imensa. Gosto de vê-la na dela, tentando encontrar seu espaço, tentando superar sua timidez. Marcelo percebeu isso desde o começo, sentiu-se atraído pela antítese aparente da bela do Agreste. Marcelo está jogando bem com os outros, mas acho que ele se aproximou dela, não pelo jogo, mas por vê-la – em agonia - através de seu olho clínico.

Incrível assistir esse programa e não se envolver. Estou fulo comigo mesmo. Não quero me envolver, tento ser frio, mas, confesso, não dá, minha natureza não é assim. O que me proponho a fazer, então, é analisar, aos poucos, cada ser, à medida que eles vão se entregando ao jogo.

Apesar de não parecer, sou tímido também, e sei reconhecer os mesmos trejeitos em outras pessoas, na tentativa de superar isso. Embora, não se caracterize defeito – de forma alguma – mas impõe certas limitações no convívio com desconhecidos. Isto é bacana de analisar, o crescimento da pessoa socialmente. Depois de estabelecido um contato, uma química que não seja forçada pelo aspecto do programa, a verdadeira face vem à tona, aí, sim, conhecemos quem é quem. Afinal, são apenas quatro dias de exposição. Dá medo mesmo. Eu teria.

Participar de um programa desses muita gente quer, porém, quando lá chegam, vêem que não é bem assim, com o glamour que as edições nos enfiam goela abaixo. Falar a esmo pode muitas vezes ser ponto negativo, ainda mais dissimulando. Mas, o que seria do tímido sem o extrovertido, não é mesmo? Portanto, cautela e riscos para ambos os lados da mesma moeda: o ser humano em sobrevivência.

Outro fator que permeia as precipitadas análises é que a presença da ausência ainda é forte, muitos se deixam levar e, tentam, erroneamente, comparar e até enxergar similaridades. Gyselle não é Iris, ela é diferente, não veio pra ser a nova caipira, está lá pra contar a sua história. Dar uma chance a ela para nos contar é o mínimo que podemos fazer.

Os outros – coelhos – já nos passaram a introdução de suas histórias. Gostamos de uns e somos indiferentes a outros. Não sei se é estratégia ou não, mas o fato é que ela desperta a curiosidade alheia. Ponto pra ela. O prólogo dessa história já começou, pois nossos olhos e ouvidos estão muito direcionados a saber quem é de fato Gyselle Soares.

*


Marcelo merece um post em particular. A revelação de sua sexualidade - no diário - é um capítulo importante do BBB8. Eu preciso ainda entender de fato o que ele quer com essa revelação. Ele estava até bem, mas deu um lance de bispo de uma ponta a outra muito rápido. Adiantando, já que tinha que revelar, deveria fazer primeiro ao grupo e não jogar com a gente aqui fora. Estou encucado em querer saber como ele sabe que sabemos ou desconfiamos. A princípio: foi um tiro mal dado.

Atualizando...

Agora entendi, depois do diário, ele fez a revelação para a Thalita. Foi planejado, então?! Esperto ele. Esse está no jogo mesmo. Vai colocar no bolso as criancinhas mijonas... facim, facim.

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