Para os anais.
Tô achando que a veiculação do clipe de apoio ao Serrinha — aquele mimetizado em comemoração dos 45 anos da Platinada — poderia ter se configurado numa enorme bola murcha. Ou seja, era pra ter deixado rolar, pois a Globo não está mais com essa bola toda... o de pensar que pode manipular o povo brasileiro como outrora. Pelo contrário, os tiros estão saindo pela culatra. Estamos nos alfabetizando? Estamos encontrando o significado de auto-estima? Estamos deixando de ser tolos e marionetes? Não sei, mas algo de bom e necessário me parece que estamos a ganhar: liberdade para escolhas. Chega de senhores do engenho. Chega desses vilões se apresentarem como cordeirinhos, baluartes da verdade ou, a última agora, como vítimas, quando na real furtam seu direito de pensar e decidir. Cara, tô feliz! Somente Leonel Brizola havia colocado a Globo no seu devido lugar.
O ex-médico do Botafogo, João Ignácio Muller, alvinegro histórico, conta no Botafogo em Debate (confira post de 16/jun) que o início do atual mal-estar entre Dunga e a Globo, começou à vera quando o digno treinador recusou uma entrevista exclusiva para a Globo e rasgou um memorando enviado pelo presidente da CBF, atendendo reclamação de Fátima Bernardes. Dunga teria dito que, com ele, entrevista só se fosse para toda a imprensa.
Depois da recusa de Dunga, a apresentadora do Jornal Nacional até voltou ao Brasil com “problemas vocais”. Gostei da postura. Sem essa de deixar os atletas acordados, e à mercê dos "cordeirinhos", até de madrugada, para aparecerem no Jornal da Globo e garantir a audiência. Esporte é esporte, não aceita derivações quando se trata de futebol para o Brasil. Aqui é "coisa séria". Concentração é concentração, tem que se ter objetivos em mente, não é circo, não é talk show. Não quero saber o que o atleta comeu no café da manhã, ou a cor de sua cueca, ou com quem dormiu, quero resultados no campo... Atitude. Garra. Comprometimento. Mesmo que perca o jogo, a Copa, mas que mostre determinação na busca e saia com a cabeça erguida. Perder faz parte, sobretudo, quando se esgota todas as possibilidades de transpor os obstáculos.
A Seleção Brasileira é patrimônio do povo brasileiro e não de uma emissora que se acha melhor que todas as outras e, portanto, pode gozar de regalias. Apesar do padrão, notadamente reconhecido, nada, mas nada mesmo, justifica ter privilégios e ainda se rebelar quando não consegue seus intentos. Tentar jogar a torcida contra o treinador em plena Copa? Cobrar da Fifa punição e ainda apresentar meios tendenciosos que incriminem o treinador da melhor seleção do mundo, no maior evento esportivo do planeta? É o cúmulo da prepotência. O padrão vai para o lixo.
Não é comum algum mortal ter peito de enfrentar a Globo, o que aumenta o respeito da torcida brasileira pelo treinador. O meu ele tem há muito tempo, pois evidencia coerência nas suas escolhas, nos critérios adotados, no seu trabalho e não se deixou influenciar por palpiteiros que não conseguem dimensionar o peso da responsabilidade de ser técnico da seleção brasileira. Há quatro anos vence tudo, mostra resultados, se classificou para a Copa com três rodadas de antecipação e, mesmo assim, é duramente criticado.
Alguns jornalistas foram injustos ao extremo, ao rotularem uma fase negra da seleção, a de 90, como “Era Dunga”. Carrega consigo o estigma, mesmo tendo erguido a taça quatro anos depois, pois fora o capitão do tetracampeonato. As críticas que recebe não são nada educadas, menos ainda quando fora jogador, não são nada construtivas, tampouco respeitosas, porém, os cordeirinhos se esquecem também que, educação é uma via de duas mãos, e se você quer respeito, se dê ao respeito. Quem bate esquece, mas quem apanha... A revista Veja, que apresenta chamada de capa “Cala boca, Galvão” para falar do poder do Twitter, pode providenciar logo uma outra edição, mais atual, incisiva, com posição firmada da Rede — já que o narrador falastrão foi superado por Tadeu Schmidt e o editorial covarde e dissimulado, com intenções claras de expor o treinador ao ridículo —, expressando, na verdade, um verdadeiro protesto, dirigido não diretamente ao jornalista e sim à emissora que afirma, na maior caradura, que "se preocupa com a verdade e em transmitir a melhor informação". É o mesmo que entrar na minha casa e me chamar de otário. Piada.
Ganhei a Copa. Valeu, Dunga! :)
=> Continue com João Ignácio em post mais recente (21/jun), ele dá a "fisiologia" do caso, aqui.
=> Há dois anos, Dunga anunciava “área de desconforto” com a Globo, aqui.
Tô achando que a veiculação do clipe de apoio ao Serrinha — aquele mimetizado em comemoração dos 45 anos da Platinada — poderia ter se configurado numa enorme bola murcha. Ou seja, era pra ter deixado rolar, pois a Globo não está mais com essa bola toda... o de pensar que pode manipular o povo brasileiro como outrora. Pelo contrário, os tiros estão saindo pela culatra. Estamos nos alfabetizando? Estamos encontrando o significado de auto-estima? Estamos deixando de ser tolos e marionetes? Não sei, mas algo de bom e necessário me parece que estamos a ganhar: liberdade para escolhas. Chega de senhores do engenho. Chega desses vilões se apresentarem como cordeirinhos, baluartes da verdade ou, a última agora, como vítimas, quando na real furtam seu direito de pensar e decidir. Cara, tô feliz! Somente Leonel Brizola havia colocado a Globo no seu devido lugar.
O ex-médico do Botafogo, João Ignácio Muller, alvinegro histórico, conta no Botafogo em Debate (confira post de 16/jun) que o início do atual mal-estar entre Dunga e a Globo, começou à vera quando o digno treinador recusou uma entrevista exclusiva para a Globo e rasgou um memorando enviado pelo presidente da CBF, atendendo reclamação de Fátima Bernardes. Dunga teria dito que, com ele, entrevista só se fosse para toda a imprensa.
Depois da recusa de Dunga, a apresentadora do Jornal Nacional até voltou ao Brasil com “problemas vocais”. Gostei da postura. Sem essa de deixar os atletas acordados, e à mercê dos "cordeirinhos", até de madrugada, para aparecerem no Jornal da Globo e garantir a audiência. Esporte é esporte, não aceita derivações quando se trata de futebol para o Brasil. Aqui é "coisa séria". Concentração é concentração, tem que se ter objetivos em mente, não é circo, não é talk show. Não quero saber o que o atleta comeu no café da manhã, ou a cor de sua cueca, ou com quem dormiu, quero resultados no campo... Atitude. Garra. Comprometimento. Mesmo que perca o jogo, a Copa, mas que mostre determinação na busca e saia com a cabeça erguida. Perder faz parte, sobretudo, quando se esgota todas as possibilidades de transpor os obstáculos.
A Seleção Brasileira é patrimônio do povo brasileiro e não de uma emissora que se acha melhor que todas as outras e, portanto, pode gozar de regalias. Apesar do padrão, notadamente reconhecido, nada, mas nada mesmo, justifica ter privilégios e ainda se rebelar quando não consegue seus intentos. Tentar jogar a torcida contra o treinador em plena Copa? Cobrar da Fifa punição e ainda apresentar meios tendenciosos que incriminem o treinador da melhor seleção do mundo, no maior evento esportivo do planeta? É o cúmulo da prepotência. O padrão vai para o lixo.
Não é comum algum mortal ter peito de enfrentar a Globo, o que aumenta o respeito da torcida brasileira pelo treinador. O meu ele tem há muito tempo, pois evidencia coerência nas suas escolhas, nos critérios adotados, no seu trabalho e não se deixou influenciar por palpiteiros que não conseguem dimensionar o peso da responsabilidade de ser técnico da seleção brasileira. Há quatro anos vence tudo, mostra resultados, se classificou para a Copa com três rodadas de antecipação e, mesmo assim, é duramente criticado.
Alguns jornalistas foram injustos ao extremo, ao rotularem uma fase negra da seleção, a de 90, como “Era Dunga”. Carrega consigo o estigma, mesmo tendo erguido a taça quatro anos depois, pois fora o capitão do tetracampeonato. As críticas que recebe não são nada educadas, menos ainda quando fora jogador, não são nada construtivas, tampouco respeitosas, porém, os cordeirinhos se esquecem também que, educação é uma via de duas mãos, e se você quer respeito, se dê ao respeito. Quem bate esquece, mas quem apanha... A revista Veja, que apresenta chamada de capa “Cala boca, Galvão” para falar do poder do Twitter, pode providenciar logo uma outra edição, mais atual, incisiva, com posição firmada da Rede — já que o narrador falastrão foi superado por Tadeu Schmidt e o editorial covarde e dissimulado, com intenções claras de expor o treinador ao ridículo —, expressando, na verdade, um verdadeiro protesto, dirigido não diretamente ao jornalista e sim à emissora que afirma, na maior caradura, que "se preocupa com a verdade e em transmitir a melhor informação". É o mesmo que entrar na minha casa e me chamar de otário. Piada.
Ganhei a Copa. Valeu, Dunga! :)
=> Continue com João Ignácio em post mais recente (21/jun), ele dá a "fisiologia" do caso, aqui.
=> Há dois anos, Dunga anunciava “área de desconforto” com a Globo, aqui.
0 comentários:
Postar um comentário
Ah, navegante, você sabe as regras de conduta. Não envergonhe Voltaire e faça sua parte. Eu, certamente, farei a minha: deletarei os comentários tolos ou ofensivos a quem quer que seja (comentaristas ou blogueiros). Meta pau nos que venderam a alma pro Boninho.