terça-feira, 11 de março de 2008

● Sincericídio ou Segundas Intenções?

Verdade

Todos concordamos que Marcelo é um cara ciumento, egoísta e, ao ser contrariado, mostra suas piores facetas. É fato consumado. Marcelo nunca gostou, intensamente, de ninguém ali dentro, ele teve inveja de alguns, isto sim, ele entrou pra ser o supra-sumo e os demais apenas detalhes, coadjuvantes de sua viagem ególatra. Eu confio desconfiando dele. Pessoas desse quilate são sagazes, cínicas e traçoeiras. Aprendi que os Marcelos da vida tripudiam o mundo para se defenderem e muitas vezes se dão bem. Eu não acredito em nenhuma "atitude" de bondade do doutor, sem que ele tenha outra intenção em mente. Acreditem vocês, nada contra, cada um reage e entende conforme sua intuição ou como vê os fatos. Mas, a minha e somente minha, é que ele não me passa lealdade e integridade nos olhares, gestos e tentativas de mudar, a qualquer custo, o curso das ações a seu bel-prazer. O cara, para muitos, é tão convincente, que fico aqui a pensar que, talvez, o erro deva ser meu. Será?!

Eu fico me questionando, pois, pela ótica que o vejo, talvez, me falte "visão", portanto, a problemática pode ser comigo mesmo, posso estar deixando "alguma coisa" me afetar o discernimento, pois não consigo enxergar o que muitos vêem como verdade nas atitudes do médico. E, talvez, nem queira. Quer dizer, eu creio que pode até ser verdadeiro o "jogo de palavras", mas a intenção das sinceridades proferidas não é a que ele apregoa, sempre tem segundas intenções, o lado negro da força... sempre tem um porém.

Vai ver o problema é comigo mesmo. Sei lá, pode ser. Pois ando perdendo o encanto pelo programa.

Na sua trajetória, não vi elementos que me fizessem mudar de opinião. Pois, o que vi e senti, foram os outros se doarem, se interiorizarem, para buscar no fundo de suas essências, as forças, para compreenderem a si mesmos e a situação em derredor, para, em seguida, "lutarem" contra as investidas do Psicodoido. Isto, sim, eu vi, senti, pois presenciei desde indiferença a desabafos autênticos(Natália), choros verdadeiros, indignados ou resignados, porém, sentidos, como, por exemplo, o do Rafinha, que esqueceu as câmeras e desabou em lágrimas que estavam reprimidas há muito tempo. Lógico que é efeito do confinamento, mas, foram detonadas por palavras de alguém que sabe detectar as várias nuances comportamentais no ser humano.

O vídeo da conversa ainda está aí, é só assistir a cena na íntegra e perceber que logo na introdução — que não foi ao ar, propositalmente — o objetivo era expor as razões do Rafinha quanto a sua renúncia em se auto-imunizar. Prosseguindo a conversa, a reação lacônica, cabisbaixa e condescendente do músico, fez o médico enveredar por outro caminho. No seu silêncio e fácies de sofrimento, Rafinha nocateou o humano Marcelo, esta é a verdade. A partir desse momento eu acreditei no Marcelo, isto é, acreditei nas sinceridades proferidas e na intenção delas. Foi um dos momentos mais emocionantes desse programa, na minha opinião.

Se não fossem os ciúmes de Marcelo e sua desordem egocêntrica e manipuladora, os três poderiam ser aliados desde o começo, como a Gy sempre buscou, porém, fracassou nas tentativas, ficando no meio dos dois jogadores. No abraço deles, com o músico em prantos, vi um dos poucos atos de Marcelo reagindo como humano genuíno, sem ser o jogador sincericida que diz ser. Ali, Marcelo vislumbrou que tudo poderia ser diferente, pois ele também percebeu, no semblante de dor, choro doído e aliviador, de uma pessoa totalmente aberta à compreensão dos fatos e de si mesma, que ele — Marcelo — errara na dose. Rafinha perdeu o ar indomável e decidiu ouvir mais, ou, pelo menos, nessa fase do jogo, e nas circunstâncias que se deu, se permitiu a isso. Isto balançou o doc. Marcelo, então, pintou um cenário diferente, uma aquarela com tons mais amenos na convivência. Infelizmente, pra ele, tardio! Enfim, a história poderia ser outra desde o começo.

Quem mais aprendeu no jogo, foi Marcelo e não os demais.

Marcelo é um cara astuto, inteligente, articulado e sabe usar os métodos de aproximação e repulsa como ninguém. Ele teve iniciativa e desenvolveu os diálogos com seus interlocutores, mas não me passou boa intenção muitas vezes, ele dominou porque sabe sugestionar o que o outro está sentindo, sabe como entrar nas cabeças. Sabe minar, acarinhar ou expor o outro porque percebe as fragilidades alheias, tem a seu favor o domínio científico para levantar as possibilidades. Muitas vezes acerta, noutras, mete os pés pelas mãos, mas, detém, superioridade em ver, muito mais que os outros... Entretanto me soa mecânico, metódico, com tecnicismo, sem sentimento genuíno, ou então, exacerba caras e bocas para dar a entender que dali saem virtudes.

Alguns caem, outros não, eu ainda não caí, simples assim.

Aqui me comprometo a escrever o que sinto, o que acredito, pois só assim eu serei capaz de aprender alguma coisa. Analisando mal ou não, aprenderei com os meus erros de julgamento que, por ventura, venha a fazer, contudo, será decisivo vir à tona, exemplos cabais, de que meus julgamentos estejam errados. Prefiro pecar errando, aprender com os tombos, porém, dormir com a consciência tranquila. Marcelo, com certeza, não dorme.

Quero estar enganado sobre ele. Mas, não consigo evitar. Ainda, não!

Eu ia discorrer sobre outro assunto, pertinente ao comportamento do jogador Marcelo, mais precisamente, no que tange a sua abordagem e tentativa de plantar, na cabeça do músico, a dúvida de quem verdadeiramente ganharia com a briga dos dois. Acabei que saí do tema, mas fica esse título mesmo, pois, o que vai se seguir daqui para frente, tem tudo a ver com o "sincericídio" ditado pelo roteirista Pedro Bial.

No fim das contas, estive bem perto da "minha" verdade, a aproximação interesseira do Marcelo com Gy a prejudicou bem mais que a beneficiou. Se ela não acordar e jogar, Rafinha fatura, além dos regalos que já conquistou, o grande prêmio de Um Milhão de Reais. A jogada da imunização da Gy, por ele, o emocionante entendimento com Marcelo, além de sua vitória hoje no paredão, faz dele um fortíssimo candidato à final. Indo para qualquer um dos dois — Gy ou Rafinha —, o prêmio estará em boas mãos.

Hoje, Rafinha tende a levar o prêmio mais que Gy, pois ele jogou bem para o público, e está em franco crescimento. Amanhã, é outro dia e ela tem muito mais a mostrar do que ele. Assim espero. Vai que é sua Gyslaaaaaine!

E, o que tem que ser, será!
***
Antes só que mal acompanhada!

E, para que não reste alguma dúvida, meu anseio é que Marcelo vaze, ele só enfeiou o jogo, truncou, quando tinha tudo para ser o cara. Foi o jogo de um personagem só, que estava com a faca e o queijo e se deixou perder por finalidades irrisórias, queria todas as atenções, e conseguiu, mesmo nos momentos mais infantis que já pude constatar num ser altamente narcisista.

Pois, se Gy tiver que ganhar o programa, que o faça por merecer. Só depende dela, pois torcida não lhe falta. Marcelo só atrapalhou, inclusive a todos os jogadores! Se tivesse jogado bem, ainda perduraria no jogo. Cansei dele. Ele sai hoje e, amanhã, ninguém mais lembrará desse maluco! Pode escrever aí...

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