segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Custo acreditar no que vejo. Mas é o tal de Big Brother Brasil. Quer dizer, idolatria desmedida e sem sentido de ser. Brincar o jogo que é bom, nada, o negócio é somente olhar aquilo que é conveniente às fantasias de mentes confusas. E depois de oito edições. Me retiro por enquanto, antes que se maximizar se torne obrigatório por lei. Saio porque sou curioso, navego por guetos variados, e ler descrição de cenas de amor e beijos babados, ou como fulano tá lindinho, ou como fulaninha tá engraçadinha, ou ele e ela já acordaram e estão bem, eles estão na piscina e já fizeram as pazes, os fofos dormem feito anjinhos, eles se entendem só no olhar, eles estão apaixonados, eles foram dormir abraçadinhos — "que lindo, aimopai!" —, eles já comeram, já beberam, já tomaram banho, foram cagar cheiroso... é o fim da picada. Ainda mais sobre casal forjado pra enganar tolos. É broxante! Identificação, simpatia ou bairrismo até respeito, entendo, mas passou da conta. As pessoas não comentam o jogo e suas possibilidades, mas fantasiam e vivem em função de algo que queriam ter e, talvez, nunca terão de fato. E o pior, se acham com razão. Argumentação plausível zero. São motivos de chacotas e não se tocam.

É fácil entender o Boninho e seu pouco caso com o iluminado da vez e sua bonequinha mimosa. O diretor se esforça pra fazer um bom jogo e nós não sabemos jogar, estragamos tudo, nos precipitamos e, assim que inicia a peleja, entronizamos "o messias" e sua consorte. Até o Bial evoluiu, pois brinca, ri e motiva os confinados; nós, infelizmente, não. Sei lá. Deve ser eu que não entendo mesmo nada dessa bagaça. Melhor seria colocar todos no paredão, o público escolhe o "messias" e estamos conversados. Com uma Milena ou até mesmo o Flavete Sabugosa, ambos com potencial de jogo, ou qualquer outro jogador que, de uma hora pra outra pode desenvolver uma história e jogadas interessantes, as pessoas se fecham num só babaca que não mostrou absolutamente nada que o faça campeão de alguma coisa. Pode ir.
Boa diversão! Se é que isso é possível com esse fanatismo beócio todo.
Rosebud

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Ah, navegante, você sabe as regras de conduta. Não envergonhe Voltaire e faça sua parte. Eu, certamente, farei a minha: deletarei os comentários tolos ou ofensivos a quem quer que seja (comentaristas ou blogueiros). Meta pau nos que venderam a alma pro Boninho.

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