sábado, 25 de julho de 2009

Fim da Mentira


O que tem a ver?

A princípio nada, pois não houve começo mesmo; não houve paixão, carinho, respeito, cumplicidade, pegada, era forçado e sufocante para ambos, portanto, nada respalda o fim de um relacionamento amoroso, o que, de fato, nunca existiu. Houve um contrato para fins lucrativos. São produtos de marketing. Hoje se pegam porque, talvez, tenham perdido dinheiro com alguns planos inviabilizados pela quebra do contrato. Se digladiam porque nunca tiveram consciência de um carinho recíproco real, era apenas negócio. Se aturaram. Eles até que se suportaram por longo tempo. Até tentaram ser Romeu e Julieta, mas, por vontade de loucas sem vida própria que impuseram suas frustrações em cima do 'casal do século'. Se não fosse a cobrança, deslumbramento e pessoinhas lhes ditando o comportamento, talvez até pudessem ser um casal consumado, mas embarcaram noutra via. Casal do século, vejam só, o maior de todos os tempos. Piada.

O paradoxo é mais exemplar do que sua vã filosofia possa elaborar. Ah, sorry, esqueci que pra você, talvez, seja um tanto difícil organizar as idéias, pois quando estamos inebriados pelo fanatismo, esquecemos o que escrevemos, dizemos ou produzimos para vender o engodo. Tá, eu sei, engodo pra mim, que estou e nunca estive nem aí pra acessos, caretas e bairrismos infundados, pra você, que viaja na maionese e nem sente, é real, questão de honra. Esquizofrênico até. Portanto, compreendo seu estado de espírito.

O "X" da questão é, se você pautou a história numa mentira, a do casal do século, então os dois não são dignos de nada, pois embasaram seus ensaios num embuste para agradar cabeças vazias e, claro, o mais importante, lucrar. E até que conseguiram. Mas cadê a ética do campeão? O mérito como 'jogador'? Eu vi alguém ganhar porque adolescentes e senhoras viram essa pessoa como um príncipe íntegro dos contos de fada, sem erros ou máculas, um imortal. Eu vi um palhaço em cena, um artista circense para platéia infanto-juvenil. Eu não elegeria um mentiroso canastrão para ser o vencedor de um programa feito para adultos, mas, há aqueles que esquecem dessa premissa e agora só veem o lado de um. Antes, o show entertainment, era o grupelho todo, apesar do prêmio ser individual, mas, como interessava na ocasião, elegeu-se um lado do jogo para o fim maior, isto é, tornar o Caretinha, que nada fez, o campeão da bagaça; depois o importante de todo o enredo do programa passou a ser o casal fake dos infernos, porém, hoje, para surpresa geral, o mérito da vitória é dita somente dele. Chegou sozinho, sem depender de ninguém. É tanto blablablá e esquecem como ele se escondeu no jogo pra chegar onde chegou. Discurso ensaiado e atitude zero. Era um arrogante falastrão de primeira. E só.

Desenhando... os dissimulados deveriam ser chutados do programa e não entronizados. Agora põe isso na cabeça dos fanáticos. Impossível. O diabo em pessoa são os do contra. Paciência. Um dia vão se tocar do mico, até lá serei o maior insensível da face da terra, serei xingado e desconjurado. Sorte minha que o que fora escrito fica nos arquivos e haloscans da vida. Mas, antes disso, na consciência de quem está perdendo seu precioso tempo com o Nada.

Entenda, de uma vez por todas que, se não fossem os votos dos fãs dela, o Caretinha não passaria pela Ana. E agora vem dizer que ele venceria sem romance fake? Só rindo, pois, dessa maneira, doravante não tem como ser levado a sério qualquer argumento. Já pensou eles rompendo definitivamente dois dias antes do paredão dele com Ana, e a Bonequinha apoiando-a, você acha que o Ético seria campeão? Fácil cuspir no prato em que comeu depois que levou a melhor. Eu entendo essa pequenez. Já vi muitas vezes, cacique.

Eles se usaram. Não há santinho na história. Ela, a princípio, não queria ceder, se fez de difícil, ele insistiu, ela se esforçou para lapidar a personagem, apesar do 'nojinho', mas o pensamento estava lá em BH. Ela faria par com qualquer um que lhe ajudasse chegar na final, inclusive julgara que o velho tarado pudesse ser seu passaporte para o estrelato. Rolou mão boba, sedução. Um inusitado triângulo amoroso. Esqueceu? Ela seria melhor em carreira solo, mesmo pagando peitinho deliberadamente, pois desenvolvia melhor que ele, aparecia mais, era ativa, poderia ter feito uma história campeã se fosse mais adulta e não tivesse entrado na onda tatibitate.

Ele se livrou dela e da assessora amadora numa tacada só. Eis sua grande jogada. Contudo, a grande lição dessa inesquecível epopéia é que o casal do século se aproveitou, e ainda se aproveita, de muitas cabecinhas de vento, que vivem num mundo paralelo e contam com empurrãozinho de gente que está há anos nessa lida e não aprendeu que dizer que errou no diagnóstico é bem mais louvável que viver de erratas e sandices. Melhor não falar nada. Fica feio tanta redundância, fica parecendo que quem lê os tratados literários está no jardim de infância ou assistindo a um episódio dos 'Teletubbies'. De novo! De novo! De novo!

Vá lá onde eles se reúnem e 'debatem' sobre o relacionamento alheio. Os relatos emocionados, choros descontrolados, as reuniões espíritas, búzios, cartomancia, cultos, orações, desmaios... são de dar vergonha até em senador corrupto. Fosse eu dono de um espaço onde a loucura imperasse, deletaria sem pestanejar. O que faz um blogueiro viver da loucura dos outros? Sadismo? Falta do que fazer? Ou é tão louco quanto os que passam o dia e a noite em orgasmos múltiplos com os instrumentos alheios? Porque dinheiro não é. Não se ganha uma estaleca furada com essa prática. Ajudar o tal 'ídolo' é uma coisa, viver a vida alheia é bem diferente. É fundo do poço existencial. Eu encaro como entretenimento, alguns por aí como profissão de fé.

Como levar a sério esse tipo de comportamento? Não quero ser chato, mala, ou metido a dono da verdade, até porque não é de minha conta, mas, gente, pense bem, é muito constrangedor estar num nicho como este e ver tantas pessoas viajando, empenhadas em provar o estaparfúdio, perdendo seu tempo, perdendo a própria vida e achando que são os mais corretos do mundo e que o resto, os que não compartilham de suas idéias, não valem nada, enquanto dois gaiatos enchem suas contas bancárias às custas da ingenuidade alheia. É triste, deprimente. A vida é mais que teclado, monitor e mouse.

Logo, respondendo a pergunta inicial: sim, tem tudo a ver. Se tivessem visto que era encenação e que ela era parte da calculada estratégia dele, o rumo do programa teria sido outro. Ele seria defenestrado e teríamos uma mulher campeã: Fran, Ana ou Priscila. Mas vocês, mulheres, que são maioria nessa joça, não querem sacramentar uma vitória feminina. Preferem os contos da Carochinha. Quem sabe na 100ª edição vocês deem uma dentro. Pena que não estarei mais vivo pra ver.

Serei pó.

*****
postagem sem revisão, tenho mais o que fazer, relevem as escorregadas.
*****
Estou de férias. E nem sei porque perdi tempo escrevendo esta porcaria de texto, com tantos lugares e pessoas interessantes para conhecer e curtir. Amanhã, quando voltar da esbórnia, deleto. É tão chatenho escrever sobre esses dois grandes heróis contemporâneos: a mais bela das deusas e o imortal onisciente. É demais pra minha pequena alma. Me deprime.

— Ai, Kane, seu bruto, como você é arrogante!

Pois é, fofurinha, fui maximizado. Cuidado, é contagioso.


Bom fim de semana.

0 comentários:

Postar um comentário

Ah, navegante, você sabe as regras de conduta. Não envergonhe Voltaire e faça sua parte. Eu, certamente, farei a minha: deletarei os comentários tolos ou ofensivos a quem quer que seja (comentaristas ou blogueiros). Meta pau nos que venderam a alma pro Boninho.

Contato com Citizen Kane E-mail: sociedadebbb@bol.com.br
.