segunda-feira, 12 de novembro de 2007

● Segunda-feira Gorda de Carnaval!

Carnaval: Adeus à Carne ou Carne Nada Vale. Clique para ampliar

O carnaval está distante, mas os foliões já estão em polvorosa. Melhor ainda, as escolas estão arregimentando seus simpatizantes, fazendo os seus lobbys, promovendo treinamentos, dando corpo e materializando os projetos. Está em jogo a corrida e a disputa pelas “beldades”: garantia de notas de rodapés, manchetes e cabeçalhos nos vários segmentos de comunicação. Do pasquim de ruela ao Jornal Nacional.

O carnaval do Rio – outra atração Global – é uma vitrine para as rainhas, musas, destaques e afins se evidenciarem para fincar seus nomes e feitos – silicones, peitos, bundas e affair - na publicidade pós-folia e, claro, levar o nome da escola junto. O Rio de Janeiro é um espetáculo à parte, pois durante o ano, as escolas se preparam com esmero, confeccionam indumentárias, as alegorias saem da imaginação, fazem festas e imperdíveis ensaios - quesito nota dez - culminando com o grande espetáculo dos cinco dias, onde o mais esperado é o desfile das escolas do grupo especial. A Marquês de Sapucaí vira a capital do Brasil.

Tive a felicidade de estar na Marquês em duas ocasiões. A impressão negativa que tinha sobre a festa se dissipou ao ver as cores, o povo nas ruas, nas arquibancadas e camarotes, se esquivando, por alguns momentos, das dificuldades do dia-a-dia; me maravilhei com a criatividade dos artesãos, os majestosos carros alegóricos e as lindas mulheres. Me identifiquei tanto, que voltei para um repeteco. O clima de liberdade é indescritível!

A festa do Rio faz parte da nossa cultura e, mais precisamente, da carioca, fluminense e cercanias, festa popular que atrai turistas e gera dinheiro e visibilidade ao estado. Porta de entrada para os visitantes estrangeiros que, após o carnaval, correm o Brasil de Norte a Sul. É uma festança que ganhou seu esplendor e notoriedade, graças a ajudinha básica da rede Globo de Televisão, que envia as imagens do carnaval carioca a todo o Brasil e resto do mundo. Contudo, não gosto de ficar frente à televisão assistindo ao desfile das escolas. Estar lá é uma coisa, iria trocentas vezes, mas tele-assistir, não curto, nunca curti.

Já houve épocas em que nós éramos “obrigados” a assistir aos desfiles, reprises e a chatíssima apuração, um porre. Chegava do colégio, almoçava e aguardava ansioso para assistir a “Sessão da Tarde” e dava de cara com o Castor - o bicheiro carnavalesco – bradando os “quesitos nota dez” para uma platéia ensandecida. Ainda ouço as palavras do locutor. Hoje - ainda bem - temos uma diversidade a escolher para premiar nossos olhos e ouvidos. A TV a cabo(fechada) é uma conquista e regalo ao bel-prazer do telespectador. O controle remoto é uma das invenções que se não existisse, viveria em estresse, não viveria bem sem o aparato; é o momento que me sinto deus do meu próprio entretenimento televisivo.

Veja bem, meu caro(a), eu, Kane, não curto ficar frente à televisão a ver, cantar e torcer por essa ou aquela agremiação. Sei que os milhões que gostam são em número expressivo, e ditam o modismo desse período de festas, mas o pingo aqui prefere outros is.

Já curti algumas vezes Salvador e seu carnaval de rua. A praça Castro Alves, o Pelourinho, Ondina... são lembranças que levarei pra sempre. Lembrar dos detalhes me deixa cheio de saudades, e rindo, à toa. Ganhar um beijinho – no rosto – da Carla Peres, foi um marco na minha vida carnavalesca. hehe. Bobo, mas foi. Kane, cadê a foto? — Um dia, quem sabe!

Nos tempos de facul, a turma angariava fundos ou com patrocínio próprio - ralando – ou com o paitrocínio – pedindo. Ganhávamos o mundo e nos enturmávamos nas micaretas e fortais do axé music. Carnaval fora de época já teve dias de intervenção na vida deste que vos escreve. Saudades de Fortaleza, Recife, Olinda... Nossa! Esse país é lindo e muito mais pela sua gente, especial, em todos os cantos.

A hospitalidade brasileira é garantia de diversão. A variedade cultural é única no mundo. Podes crer! Feliz aquele que pode, em determinada fase de sua existência, passear e conhecer as maravilhas naturais, culturais e prazeres que os estados oferecem. Dias sem lenço e documento. Dias memoráveis e com histórias pitorescas. É paradoxal, mas até casamentos surgem dessas aventuras de liberdade e libertinagem. Tenho amigos muito bem casados, cuja união se principiou em micaretas. Estão muito bem, e hoje, os casais curtem juntos. É o cupido Momo fazendo a alegria dos foliões!

O carnaval têm suas mazelas também, infelizmente. Em muitos lugares a prostituição, a pilantragem, a vilolência, o ganho fácil, o tráfico... se embrenharam nos bastidores da folia. Fico perplexo ao ver como se passa a mão carinhosa nas cabeças malandras, ou olhos são estrategicamente vendados para não verem os descalabros.

Mas... São fases, e tudo passa, a cabeça e o espírito buscam outros horizontes, outros prazeres, ou se satisfazem por bem menos, ou bem mais, anseiam coisas mais leves e sem extravagâncias momentâneas. Hoje prefiro o sossego de uma balada a dois, uma conversa calorosa com amigos e amores sem cobranças, mas com alguma troca que não seja apenas a carnal... regados, ou de uma ceva bem gelada, ou doses absínticas de um original Black Label. Talvez, se estivesse no Rio – cidade que amo de paixão – envolto naquele clima e sentindo os odores dos batuques, eu, possivelmente, optasse em estar na Avenida, num confortável camarote, ou mesmo, como um simples gari. A festa vale o ingresso.

E, você, onde irá passar o carnaval? Se é que gosta dessa festa popular.


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Sobre as Notas, alguns pontos:

1: Ainda estão a usar dos nomes das duas para causar celeuma - ponto positivo para elas. Nenhuma delas é santa, mas também não vejo mau-caratismo, e palavras são distorcidas, quase sempre para... vender.

2: Já caiu no meu descrédito qualquer nota – imbecil – que sai de uma Redação na sexta-feira, sábado, aos quarenta e cinco do segundo tempo e ganha proporções devastadoras. Os afoitos, por sua vez, ficam durante o fim de semana elucubrando, acusando, defendendo, teorizando, denegrindo, perdendo tempo para, em seguida, cairem na real que o objetivo da nota foi alcançado: vender.

3: Quem ganha ou perde com isso? Se existe amizade entre elas, está por um fio - há certo tempo a bem da verdade -, mas, convenhamos, elas foram manchetes e imagino que gostam disso, precisam até. Só o tempo dirá o que foi bom para uma é ruim para outra, ou para ambas. Mas indo um tiquinho mais longe, penso que quem levou a melhor foram as escolas envolvidas, que ganham um ar de “estão brigando pra ficarem na minha escola”. Tipo: dando recadinho e incutindo no imaginário popular, de que estão no páreo para os flashes de 2008. Só bobo da corte não vê o chamar atenção para... vender.

4: Quem está na chuva é para se molhar, então, qualquer possibilidade de estar em evidência não pode ser desprezada. Por mais que elas neguem publicamente isso, faz parte do show. Está vexatório elas desfazerem uma da outra. Ou, se, não o fazem, deveriam desmentir, mas o que interessa é a polêmica. O jogo bobinho para... vender.

5: ... e vão continuar negando, mas que elas gostam do blablablá, não há dúvidas. É esperar as facetas de Maria Madalena arrependidas ou de tô nem aí, não é comigo, estampadas a qualquer hora nas manchetes para... vender.

6: Eu só espero que as duas tenham consciência de que uma não precisa derrubar a outra, e não caiam na lengalenga dos fãs destruidores. Tem espaço para todo mundo e, portanto, deveriam se apoiarem, já que vieram do mesmo programa, ou seja, de origem malvista e malfalada neste meio perverso e egocentricamente corporativista.


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Pinóquio acreditando nas notas...

Caipira, minha fake, deixe disso, você já teve sua oportunidade e perdeu a chance de ter um programa, um site, um blog, fãs, ter salário todo o mês e ganhar seu milhão, portanto, dê uma brecha para a Faninha. Vê se desempata o caminho, afinal ela é escolada, do Rio, da baixada, entrosada, sambista... Você é uma despreparada na vida, não aproveitou as oportunidades de seus patrocinadores, é boba, feia, desarticulada, sem samba no pé, sem nada a oferecer no sambódromo.

Procure igreja, vá curtir seu ostracismo com dignidade, nada lhe resta a não ser o celibato social, afinal de contas, ninguém lembra de você! Quem é Irislene Stefanelli?!

Xô ver... pera, acho que é... xô ver... é... aquela, não, não é... xô ver, éééé... desisto.

— NÃO SEI.

Esse Pinóquio deve ser parente da Fabíola. Quem?

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Boa semana a todos!

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