quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

● Da Canastrice à Canastra Real!

Estava no script:


— Agora, é só mandar beijos pra lua, beijar a foto dela, segurar o terço, chorar até desidratar, resistir à Faninha - putz! Vai ser sacrifício aguentar -, manter o discurso meu-pai-me-ensinou e partir pra galera! Depois a gente vê o que faz. Com o cheque no bolso, a história é outra....

... E foi.

Desculpa, gente amiga, mas é inevitável ver o joguinho Big Brother Brasil 7, em reprise, e não comentar o quanto aquele selecionado era dissimulado pra cacete. Eu assisti os melhores momentos dos programas anteriores. E, pelo que andei lendo, a maratona acontece todos os anos. Está explicado, então, porque tem muitos experts em Big Brother por aí. Imaginava que a galera metida a sabe-tudo-de-bbb era abençoada pela memória prodigiosa. Que nada! Com tanta repetição assim, fica fácil entender e memorizar nomes, falas e fatos. Agora dá para rir com gosto da "propriedade" que vociferam. Mas, veja bem, tem que ter saquinho pra assistir ano após ano. Pra mim já deu.

Meu santinho protetor do Brasilis, dai-me paciência e discernimento, mas depois de rever as cenas que me levaram a uma celeuma de sentimentos - de calouro -, muita coisa pode e deve ser posta à mesa. Contudo, nem vou me dar ao trabalho, pois sou o mais ignorante dessa história toda. Todavia, os experts nessa joça sabem - mas não admitem - que muito do que se escreveu sobre o G5 é a mais pura verdade. Só não aceitam por vaidade e orgulho. Pois tem que prevalecer a opinião deles como se fosse a única e sábia verdade, ou seja, ser contra o povão e a emissora é o paradigma repetido como mantra, embora seja escrevinhado e passado na forma de alertar incautos. Tem gente que jura que a intenção é a das melhores. São os salvadores da pátria, o grupo seleto cheio de inveja e rancor travestido de bom-mocismo. Risível, e o pior, acontece todo ano. Qual é, cabeças?!? Sabemos que o motivo da guerra nem tanto é o programa em si e seus personagens, mas os egos inflados e hipócritas que julgam serem os outros os malfeitores e culpados de vossa infelicidade. Ô, sapiência, penso que está rindo das pessoas erradas, você deveria rir de si mesmo por agir assim e não sair da mesmice, não evoluir. Ah, tá, o riso é de vergonha de si mesmo?! Continue, então, mas fecha a boca que moscas entram sem dó.

Prestenção macacada! Otário por otário, eu te garanto que fui o menos otário, sapiência. Se bem que isto não tem percentual que seja atenuante, pois otário é otário, aqui ou lá na Mongólia! Eu só não sei quem foi mais otário: se eles, os samambaias cínicos, ou nós, que teorizamos em cima de comportamentos mal-alinhavados, vendidos como astutos e executados de forma pusilânime. Arriégua!!!!

Tudo bem que foram jogadores e tal, está valendo, vale tudo, mas sinceramente? Até os participantes devem ficar com vergonha das interpretações que protagonizaram naquela ocasião, ou seja, tentaram encenar o que NUNCA SERÃO! E depois ficam a reclamar que não é novela. Sei. Os próprios agiram como se seguissem um script a cada fala ou passo. Chama o Capitão Nascimento e prende todo mundo! É tudo moleque!

Pois bem, gente, já passou mesmo, então, o negócio é rir legal do ridiculão. Se os jogadores dissimulam é porque lá na Big House devem pensar que está valendo a pena qualquer sandice. Daí eu achar que, se eles tiverem estômago pra ver o que fizeram, vão ver que deveriam ter evitado algumas ações, resultantes, muitas vezes, de sentimentos mesquinhos e que, em outras situações, que não as de confinamento, levariam na boa e de boa. Mas é aquela história o "se isso" ou "se aquilo" não conta mais. Já foi, passa a régua e cada um terá o que merece! São todos gente boa, é verdade, mas jogaram mal pra dedéu! Eu, particularmente, quero que todos cresçam no que se propuserem a fazer, pois nos divertiram, foram nossos hóspedes, nos entreteram, foi legal o aprendizado, apesar do nosso humor variar do amor ao ódio e vice-versa em menos de 10 segundos, quase sempre.

Depois de tudo o que aconteceu eu ainda tento entender a causa do desarranjo intestinal, muita coisa me intriga...

A Bruna, por exemplo, se seguisse a linha recatada, prendada, caladinha - lacônica certas vezes -, namoradinha, amiga, confidente e cabeça (madura) do começo ao fim, talvez saísse com imagem melhor, já que seria inevitável o paredão do casal de amor torrado, onde ela se fez de desentendida. A partir dali se tornou a jogadora mais insuportável do programa. Eu não aguento nem ouvir a voz maviosa dela nas reprises. Entojei! Ela se enfeiou muito, mas muito mesmo, em apenas três meses. Sei lá! Estou falando da jogadora, claro, pois na VIP ela está batendo um bolão! Por que não continuou a ser aquela menina linda? Gente, eu gostava do personagem dela. Mas, no final, eu me recusei até a comentar sobre. Ela deu um nó no meu cérebro-ameixa. Agora, eu não sei quem é a Bruna, se a do começo do programa, ou aquela que meteu os pés pelas mãos e jurou, de pés juntos, que Iris não ganharia nem 50 pilas pra posar. Que tripudiou valores alheios e fez o escarcéu por causa de uma lata de leite condensado, até filosofou a dependência emocional pela guloseima. Eu não consigo entender a metamorfose.

O caubói - o cantor das multidões - passou de manipulador e venerado a vilão e marginalizado, usado por seu próprio grupo de amigos - foi o bode expiatório dos comparsas inertes em atitudes. Usaram o demolidor para, em seguida, defenestrá-lo como o bicho feio do programa, o responsável pelo calvário da mocinha, o culpado pelas mazelas sociais de cada dia. É, caubói, você foi outro que deixou a precipitação subir-lhe à cabeça. Tanto me parece ser por aí que seu semblante e discurso mudaram, assim que saiu daquela casa. Tenho convicção de que se ele pudesse voltar atrás, voltaria sem titubear. Mas para delírio de seus fãs, penso que esta afirmativa nunca sairá de sua boca. Afinal, a saga tem que ter coerência, pena que a dele, no real, foi quebrada aqui fora, não é? Tinha, a princípio, o programa em suas mãos, detinha carisma e perfil para ser o suposto campeão. Seu erro foi ter acreditado e se envaidecido demasiadamente por isso, e quando percebeu que estava ficando de lado, tentou estabanadamente retomar as rédeas, errou na dose. Se afundou na bosta do seu próprio cavalo. O cara foi tão demolidor que se auto-implodiu. Fedeu a caganeira!

Diego, o maior canastrão de todos, ganhou de mão beijada o milhão. Não fez NADA. Só levou toco. Viu suas mulheres saírem uma após outra e levou um chutaço do Alberto na jaula: a prova que, no meu entender, jamais será esquecida, foi um marco no programa. Ver o Alberto sair dali triunfante, não tem preço! Confesso que achei emocionante o choro da vitória do Betão. Depois de tudo o que aconteceu, eu só sairia desmaiado daquela prova. Muito cômodo falar que ele, Diego, teve mérito em alguma coisa. Claro que teve algum, mas depois de tudo que a produção e os colegas de confinamento fizeram, e ele não sacar a AVENIDA escancarada e sem semáforos pra transitar, só sendo muito tapadinho. Fizeram o cara de coitadinho sem nunca ter sido. Fizeram o cara de ilibado protetor das caipiras sendo ele o maior perpetuador do que se pensa negativamente sobre Iris, até hoje. De cada dez palavras pronunciadas, seis eram de baixo calão. Eita carinha desinteressante! Hoje, é fácil ser amigo dele, que posa de galã e benfeitor. O cara é Global. Sacou?! Fizeram ele campeão por falta de opção, por ojeriza aos outros. Ele só foi o vencedor porque os outros se desmantelaram em ideais menores, em ver a Caipira ignorante - mas com carisma suficiente -, tirar-lhes o brilho. O herói enxergou o Nirvana e enfiou o pé na canastrice. Sorte dele que teve a clarividência. Mas, com toda aquela luz no fim do túnel, até cego, por milagre, enxergaria o rumo.

Saudades dos beijos pra lua?! Putz! Que vergonha alheia!

Já que muita gente repete o mesmo discurso todo ano e se acha o supra-sumo de algo originalíssimo e revolucionário, vou ser redundante na minha conclusão sobre o embate: como as samambaias se envenenaram em pequenez e atitudes hipócritas - pois ninguém assumira NADA, sempre culparam os outros, se anularam com o próprio veneno -, o cenário evidenciado foi prato cheio para a direção que, no seu direito, veiculou edições com trilha sonora melosa e a seu bel-prazer. Deve ter sido divertido trabalhar na produção do BBB7. Estava tudo ali, era só arrumar para vender o produto. Fizeram o Dieguito-jogador ser o que NUNCA SERÁ! Prende ele também, 01!

Parabéns, Atorzão! Se estivesse no teu lugar faria o mesmo. Claro que com algumas ressalvas no comportamento. Mas, se é para jogar, então valeu a jogada! Foi muita canastrice, é verdade, mas bem editada virou canastra real, logo, aproveite as chances enquanto pode. Porém, deixe de arrogância e agradeça ao Alberto e sua fúria insana, pois ele foi o maior responsável pelo seu milhão.

Não adianta espernear... foi a maior barbada! É fato.

********
Sobre o inevitável paredão...

Malditos 7%! Me conforta saber que nada tive a ver com a sina de deixar o galego para vingar a Caipira. O cara NUNCA fez nada por ela, nem no programa, tampouco, aqui fora. Ao contrário, levou a garota a ser motivo de piadinhas - sempre foi assim. Ouviu dele os maiores impropérios e chulismo gratuito. Com o prêmio ganho, foi um grande estafermo midiático, pois terminar o romance daquela forma trouxe à tona a persona non grata que sempre foi: um babacão! Nem senso e jogo de cintura para contornar a situação o bebê chorão teve. Foi mal agradecido, no mínimo. E dizem que foi o maior jogador que já viram. Ai, se não fosse o Boninho...

Espantoso... mas ainda tem mulher que suspira pelo herói... vai entender a alma feminina! Eu hein?!

0 comentários:

Postar um comentário

Ah, navegante, você sabe as regras de conduta. Não envergonhe Voltaire e faça sua parte. Eu, certamente, farei a minha: deletarei os comentários tolos ou ofensivos a quem quer que seja (comentaristas ou blogueiros). Meta pau nos que venderam a alma pro Boninho.

Contato com Citizen Kane E-mail: sociedadebbb@bol.com.br
.