domingo, 14 de fevereiro de 2010

Méritos II

se você ainda não está bêbado, com ânsia de vômito, ou empanturrado de pipoca, vamos continuar...

Para alegria de quem gosta de torcer pelo programa e não apenas por um peão, a Fernanda ainda protagoniza falas e caretas para edição trucidá-la e transformá-la naquilo que a Elenita e muita gente pensa dela. A boa garota queria xingar a Lena de gorda, celulitosa e o escambau. Tem coisa mais idiota? Tem sim, aquele choro do moicano quando enquadrado pela Tribo dos Sarados, para que parasse com suas bizarrices. O Mundo Dourado achou um absurdo a reunião, foi revoltoso ver o guerreiro chorar. Chorou? Deve ter se desidratado. Deveriam é agradecer, pois ali começara a "mudança" do Eleito. A Lia moldou o sujeito, colocou coleira, fez dele um jogador mais aceitável. Incrível, pois ela ainda é odiada pelos torcedores do cara. Não reconhecem nem os aliados dele. Que coerência é essa? Medinho? Sei lá. Quem elucidar que me diga. Mérito de quem descobrir essa charada.


Blogo desde o BBB7 e nesse espaço de tempo, levando bordoadas e engolindo campeões de araque, eu aprendi que não é diversão torcer por um escolhido pura e simplesmente, ou como muitos fazem, torcem pelo favorito, tecem loas visando acessos, ou se posicionam por guerrinhas tolas regadas a egolatria. Mérito de bosta. Big Brother pra mim é a construção de um campeão. É o dia-a-dia. É mutável, não é uma ciência exata. Hoje penso que o prêmio deve ser dado para o melhor conjunto da obra. Todos que estão lá, pra mim, têm chances iguais de serem campeões. Evidente que tenho meus preferidos, mas é por identificação, independente de ganharem ou não o programa. Pois eu já ganhei só em tê-las no meu PPV. Angélica e Elenita seriam minhas amigas na vida real. Com elas eu fico horas no PPV. Degustaria, na adorável companhia delas, um bom jantar regado a vinho, sem medo de ter vergonha de uma delas arrotar à mesa. Sem constrangimentos pela inesperada falta de tato, ou falta de conhecimento, ou machismo beócio, ao afirmar que AIDS tem ligação direta com homossexualismo. Com elas eu compartilharia minha vida. Mas não quer dizer que mereçam ser campeãs. Elas têm que fazer por onde.

Excetuando a justificativa da Elenita por causa do “Monstro”, que fez de forma desastrosa por causa dos olhares dos integrantes da Casa de luxo, e, portanto, uma má jogada apenas, não vejo nada que desabone a conduta delas. Errar no julgamento e perder o equilíbrio é inerente à pressão do confinamento. Todos são susceptíveis, uns mais outros menos. Ela percebeu que a emenda ficou pior que o soneto. Isto doeu. Machucou porque é sim a pessoa mais inteligente da Casa, sabe que fez besteira. Uma das ações mais indigestas a quem gosta de aprender, estudar, de se diferençar da maioria ignorante, de crescer intelectualmente, é cometer um erro tão primário. Não foi a indicação em si, foi o depois. Errou, não ponderou pelo jogo, e sim porque justificou de forma errada, será julgada por isso e espero, sinceramente, que ela retorne e continue a dar um sentido mais interessante ao jogo como vinha até então. Ela não errou por ter indicado, errou porque oralizou para o grupo a suspeita de ser a Fernanda uma dissimulada. Talvez ela já estava com esse pensamento desde a prova anterior, em que quase ganhara o Anjo, ela poderia muito bem desde então já ter pensado em colocar a Fernanda no Monstro, tal a convicção de sua indicação.

Angélica se perdeu ao descontruir Elenita para o grupo chefiado por Lia, sem sequer ouvir ou entender o ponto de vista da Lena. Eu acreditava que havia respeito em reciprocidade. Me enganei. Angel, por tudo que elas têm em comum, deveria ouvir a amiga. Ontem conversaram, foi o primeiro ato da Lena na festa, e espero que o bom-senso e coerência, peculiares à Angel, façam-na rever o que disse sobre Lena. Pois a dúvida também faz parte do jogo; em quem acreditar, em quem confiar? A construção de uma amizade e possível aliança se dá assim: aparando as arestas, entendendo os motivos e dando uma chance de conhecer o desconhecido. Pelo que consta esse elenco não se conhecia como o do ano passado. Já é um mérito a ser dado. Fácil pra gente aqui fora julgar, pois temos acesso a muitas informações paralelas, eles não. A beleza do programa é essa mutabilidade, o ser humano em exercício real de convivência.

Ontem foi um dia memorável no BBB10, o jogo mudou, mais uma vez. Cacau e Eliéser entram no páreo. O líder, de direito, pode entrar na história da edição se for firme na sua justificativa no Ao Vivo. Passa de deslumbrado à peça importante no tabuleiro, pois sua indicação tem tudo para deixar o programa. Ele ouviu Cacau, a mentora, mas ele participou como protagonista também. Pois se são um casal, então que um ouça o outro, nada mais coerente. Se você não confia na pessoa que dorme na mesma cama que você, em quem confiar? Cacau elaborou, executou, e Eliéser lá arrematando as brechas, do seu jeito falastrão de ser. Aqui há mérito. Tirar a Anamara do Puxadinho foi jogada dos dois. Cacau começou, Eliéser sacramentou. Tiraram até lágrimas da Anamara, que vai mudar de Casa sem nem perceber que foi sacada. Isto é jogar Big Brother. Foram honestos com quem assistia ao PPV sem recorrer a subterfúgios covardes, como o moicano que está fugindo de um paredão com dois coloridos. Cara, não admitir isso aqui fora é ratificar o fanatismo. É não gostar do jogo. É simplesmente torcer cegamente e estragar o andamento do enredo. É não curtir Big Brother. Vão querer novamente premiar outro sujeito que nada fez simplesmente por birrinha? Lamentável. Mérito do anti-jogo.

O elenco é dinâmico, competitivo, busca o jogo, está a fim do prêmio, de dar rasteira um no outro. A garra de Fernanda e Eliéser na última prova é digna de nota, de post, estão em evidência, é motivo para, no mínimo, ouvi-los, analisarmos o que têm de valor pra nos mostrar. Da Fernanda já temos alguns aspectos negativos expostos por ela mesma. Suspeita-se do seu racismo travestido em anedotas idiotas, suspeita-se de ser uma preconceituosa graças aquilo que a boca profere de um coração cheio de maledicências, de sua forma cínica de ver o mundo, ela quer ser o centro das atenções, a coitada, a menos votada, a princesa da edição, a pura de coração com o catecismo numa mão e a garrafa de pinga na outra. É muita pretensão. Pela primeira vez não vejo um grupo somente de deslumbrados e dissimulados em sua maioria. Eles se mostram, conversam sobre o jogo, não se escondem no famosinho "amigos para sempre". Na real quem deveria deixar o programa é o Dourado, por tudo que se vê do fingido e na experiência de nove edições passadas. Infelizmente ainda não aprendemos a jogar Big Brother. Mérito mesmo tem o Bones que escolheu um dos melhores elencos já visto no programa.

Mérito há em quem aprendeu a curtir o programa sem vê-lo apenas como uma briguinha babaca entre torcidas. O BBB10 merece uma Final Honrosa. Não estraguem o Mérito disto.

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