quarta-feira, 7 de março de 2007

Você sabe se divertir com o BBB?



Parafraseando Alberto: ..."até que ponto chegamos.". Verdade... é a dura arte de viver.

O BBB7 , como programa reality show na vera mesmo, está devendo, assim como, os ferrenhos críticos de postura contumaz, de oposição a emissora e suas edições, ao programa, aos jogadores, ao povo(segundo alguns, povo ignorante), aos blogueiros simpatizantes da magia, do jogo limpo e lúdico e da novelização nas edições.

A emissora, por sua vez, tem lá o seu estilo, seu cunho comercial e tende a fazer aquilo que lhe é favorável financeiramente como qualquer outra empresa, visando lucros. Seu maior trunfo está em realmente agradar a "maioria" com o que cultura e televisivamente fomos acostumados a ver desde a primeira novela em preto e branco, a "2-5499 Ocupado", que a TV Excelsior começou a colocar no ar há 43 anos, em julho de 1963.

Nesses anos corridos, o Brasil tornou-se referência no estilo a nível mundial. Até aqui nenhuma novidade. Mas, o que realmente querem os do contra, os que pregam que são a favor do jogo Big Brother e não da novelinha do Boninho? Porque esses ferrenhos críticos não usam meios legais para fazer valer os seus direitos e, civilizadamente, dão o exemplo para a emissora? Simples... ficam de picuinha em vez de se organizarem e fazer chegar, de forma legal e transparente, os seus descontentamentos à emissora, isto é, levantar sugestões para a melhoria do jogo. Esses mesmos críticos já viram algum dia o Big Brother de outros países? Acompanharam diariamente todos os lances? Já se perguntaram o que o resto do mundo pensa do nosso? Para mim é simples, estão nessa fomentação toda, porque seus preferidos não são os do povão. São uns brasileirinhos que se enchem de empáfia, e vociferam com chulismo a todos e a tudo. Isso é reivindicar democraticamente? Não sabem nem expor seus anseios. Como é que querem ser ouvidos?

Hoje acordei meio chateado com alguns comentários, um tanto cheios de hipocrisia e antibrasileirismo, que são de dar dó. Me desculpe leitor mas, até que ponto chegamos? O programa existe a sete anos, é um dos de maiores audiência no mundo. A fórmula está errada? Será que não é a forma como muita gente quer ver seu ego ser massageado para pura e simplesmente fazer valer a sua empáfia? Com tantas coisas chatas acontecendo em nosso país, tem gente que ainda provoca o ódio perante um programa feito somente para entreter. O brasileiro está atolado de problemas e crise existencial, e o pouco que lhe é de lazer, querem transformr em campo de batalhas para as nossas diferenças! Não consigo entender. Sou um doidivanas, só pode ser.

Heineken, em seu comentário aqui no blog, lembrou algo importante que quero compartilhar com todos. A questão de agradar simplesmente a maioria, realmente, não quer dizer democracia para a maioria e sim, tirania da maioria. Concordamos. Passa a ser democracia quando a coletividade como um todo, por meios legais e justos, respeitando os direitos individuais e fundamentais, externa a sua vontade ao vários setores: dos produtos televisivos a direitos e deveres constitucionais, isto é, de tudo, e as converge aos anseios previstos por legitimidade. Haja visto que os jogadores BBB estão sob contrato com a emissora, mas, a carta magna é soberana sobre qualquer contrato para garantir os direitos individuais, proteger as minorias. É fato. Existem meios mais civilizados de buscar nossas reivindicações, do que se está fazendo a sete anos. Numa queda de braços um tanto sem propósito, apenas para levantar celeuma por três meses do ano, apenas para fazer valer uma discussão no anonimato que abala a vida daquelas pessoas confinadas! Apenas para satisfazer uma cólera interior. Apenas para se auto afirmar diante de um público abstrato.

Gostaria de ler textos contundentes falando do BBB e suas nuances no entretenimento e até mesmo socialmente, porque não? São humanos analisando humanos, nada mais justo que nos identificarmos com esse ou aquele jogador. Defender esse ou aquele pensamento e ação. O jogo está interessante. O G5 ao que me consta tem em Alberto o seu maior expoente, que está visivelmente só e pensativo em relação as sua atitudes. Ver isso é bom. O sujeito apesar de ter atropelado o imaginário fantasioso do brasileiro, está se refazendo no jogo, pois é humano. Não vejo contradições no gestual e expressões de dor e reflexão neste jogador, neste momento do jogo. Ele está deixando a naturalidade de sua pessoa viver o que se quer ver, a nudez de sua ações, se, certas ou erradas, não importa, mas, me parecem ser as mais corretas numa análise de indentificação com quem vê e quer ver a espontaneidade.

Não estou insatisfeito com o programa como um todo. Acho que falta acertar as arestas. Mas, ele me diverte e analiso o humano ali dentro mas, nem tudo é perfeito. A padronização do comportamento do mediador é uma delas. O instigar deve ser a todos e não a pessoas ou grupos distintos. A pauta abordada ou as pistas tem que ter direcionamento em todos, pois, partimos do princípio que todos são capacitados a serem vencedores. A pulga atrás da orelha, tem que ser posta em todos. Se é para fazer confusão, faça ao conjunto, ou não faz nada, e deixa correr. E não julgar à sua própria conveniência. Isso seria o ideal, mas, é possível implementá-lo? Seria o perfeito não é? Se coloquem no lugar de mediador agora, e veja o que você faria? Será que o seu humanismo, não iria tender a esse ou aquele comportamento? É humano mediando um programa de comportamento humano. No mínimo cometeria algumas mancadas.

Os mesmos críticos até o paredão de Íris e Diego, falavam em manipulações por parte da Globo. Oras, como é que naquela prova de "notícias-verdade e mentira" não fizeram com que Diego ganhasse a liderança? Todos já sabíamos se caísse em mãos do G5, como caiu, o que iria ocorrer. Era fácil chamar "o suposto protegido", segundo alguns paranóicos, e dar-lhe uma sequência de resultados, tipo, siga a sequência três mentiras, duas verdades, uma mentira. E nem chegaria a isso tudo, haja visto que terminou no segundo questionamento. O que é manipular nesse jogo? Mais uma vez, não vejo embasamento para uma teoria da conspiração que só existe em recalcados mesmo. Porque que a Globo iria deixar se perder, o que estava agradando o seu público? Porque a emissora iria deixar de agradar a maioria, satisfeita com a magia e a espontaneidade? Para ter o paredão dos sonhos e ganhar dindin? Você acredita nisso? Tá de guerra não é? Talvez seja para deixar o público contrariado e com sede de justiça e prendê-lo, no sentido de acompanhar fielmente até o desfecho e a vitória dos seu preferido; risível. Ou deve ser para agradar essa minoria que "denunciou" a manipulação; a direção estava tremendo de medo e colocou as barbas de molho. Deve ser.

Eu quero assistir BBB pra me divertir e não me estressar. Quero rir ou chorar mas, nunca odiar. Já ri muito, ainda não chorei, tá bom... lacrimejei(mais que isso não admito, risos), mas, nunca vou odiar, tenha a certeza disso. Não vejo motivos para odiar, apenas, lamentar o desatino, que vem a tona em determinadas circunstâncias. Continuo me divertindo muito.

Algo que fico estupefato é o slogan que muitos se auto definem, tipo, somos pelo jogo Big Brother, e não torcemos por nenhum jogador e sim pelo jogo. Qual é mermão? Quem é o ébrio que assiste uma peleja e não tem seus preferidos? Quem é o "sensato" que fica 18 horas na frente do PPV e não toma partido, só pelo prazer de abrir a boca e dizer que tudo está errado? Que o resto do mundo está certo e nós somos os errados? Ou porque não tem o que falar e inventa, incute, teoriza, blefa, dissimula, dita, impõe trocadilhos e cacofonia irritante e odiosa em prol de sua teoria sem pé e sem cabeça? E haja seguidores. Sei... os motivos são outros.

Não estou defendendo a rede Globo, ela tem lá como fazê-lo, sou uma micela coloidal no sistema, voz em decibél ínfimo. Tenho minhas críticas a emissora, sei do seu passado e a dança com o poder, mas, também sei que nosso país pode ser grande se nós, individualmente, procurarmos fazer valer o processo correto, legítimo e civilizado, sem anarquismos. Até que ponto chegamos... de nos tratar como se fôssemos um melhor que o outro. Que quem pensa é uma minoria dotada de raiva e preconceito para com a maioria, que é ignorante, teleguiada e massa de manobra. Porque essa minoria pensante não ajuda a mudar o país de outras formas, que não a baderna e a banalização dos direitos e deveres de todos?

É deprimente ver pessoas, cuja inteligência é algo notável, mas que, a usam de maneira torpe e egoista. Não quero e nem é minha pretensão ser melhor que qualquer um. Quero ver um Brasil onde possamos crescer juntos, e nossas diferenças sejam minimizadas cada vez mais. BBB vai passar, e de nada valerá essas discussões, se não tomarmos ciência que precisamos melhorar como seres humanos e, principalmente, respeitar o próximo. Isto vale para mim, eu preciso melhorar como ser humano e você? Pense nisso.

No final, só pode haver um: o público.

E o Highlander segue absorvendo poder.

PS: A noite durante a festa, volto a falar do jogo propriamente dito. Agora quis escrever bobagens mesmo.

Abraço

12 comentários:

Anônimo disse...

Sensacional! Me diz aí vc não é BIal?
Que Bial nada, tá melhor.
Descobri pela indicação da Matilde.
Parabéns pelo blog.

Já está nos favoritos. Venho pentelhar todo dia tá?
Beijos!

Anônimo disse...

Ufa!!! pensei que não ia encontrar alguma coisa sensata para ler. Os blogs que tem por aí são todos malucos cara. Pensei que estava ficando maluquinho também.
Muito bom seus textos. Eu seu a quem vc se refere... heheheh. Tem gente que se acha mesmo. É a life filho.
Abraço

Anônimo disse...

Vida inteligente na Comunidade BBB!! Espantoso...
Que prazer ler seus posts!!!
Embora me sinta um tanto inferiorizada, já que não tenho 1/10 de sua capacidade narrativa e analítica, quero deixar registrado que esse blog é um oásis no meio de tanta irracionalidade, falha de percepção crítica e ausência de inteligência emocional que tenho tido o desprazer de encontrar entre os blogueiros que estão comentando o BBB7 .
Muito obrigada!!

Anônimo disse...

Queria dizer alguma coisa, mas, vc já disse tudo meu!. Muito bom o texto. Custou mas apreceu algo inteligente na comunidade bbb.
Parabéns pelos post. São um colírio.
Beijos

Anônimo disse...

Faço minhas as palavras de maria. Espantoso! Volto durante a festa hein?!
Beijão

Anônimo disse...

Kane,
Fico feliz por você compatilhar algumas das minhas inquietações e trabalhá-las no seu blog.
Se entendi bem, apenas uma pequena parte do seu texto descreve atitudes e idéias como as que eu mostrei aqui. Por isso, não me sinto direta e pessoalmente afetado por tudo que você expôs. Corrija-me se eu estiver errado.
Mas como eu fui até citado no post, nada mais justo eu dar comentários sobre minha visão particular como telespectador.
Me divirto razoavelmente com o BBB na razão indiretamente proporcional à quantidade de elementos estranhos às próprias imagens do jogo. Gosto, por exemplo, muito mais do site oficial, do que do programa de tv (com seus efeitos visuais e sonoros, além da participação do Bial).
Não condeno meios legais de discussão de direitos ou de sugestão de novidades à emissora. Mas pessoalmente acho mais produtivo nesse momento discutir com outros telespectadores para amadurecer idéias que não vi sendo abordadas a contento, exatamente como estamos fazendo agora.
Sinceramente, acho que a parte da picuinha, dos brasileirinhos com empáfia, do chulismo, da hipocrisia e do antibrasileirismo não foi pra mim. Seria bom esclarecer isso. O fato de os meus preferidos (no caso, Aírton e Alberto) não serem os do povão não são causas da minha indignação, mas catalisadores. Se são causas para alguns, posso até concordar.
Continuo achando que programas feitos pra entreter podem ser corretos. O humor pode nos fazer pensar, ou pelo menos não reforçar conceitos errados.

Anônimo disse...

Não ficou clara para mim a passagem de "Existem meios mais...público abstrato". Se refere às discussões dos telespectadores? Pensoque, seja qual for a motivação, se a celeuma é pertinente ela deve ser feita, em anonimato ou não.
Seguindo sua sugestão, seu eu fosse mediador eu faria + ou - o que você pensou. Faria uma pergunta desconcertante para cada um (talvez eleita por uma torcida anti-jogador específico), anunciaria claramente as regras e pronto. O resto seria apenas a edição nua e crua, respeitando um tempo o mais igualitário possível entre os participantes (mesmo que não houvesse nada "interessante").
Não sou adepto a teorias da conspiração e assumo a noção de que o povão é burro. Poderia muito bem acontecer de o resultado ser o mesmo a partir de um programa justo. Não penso que a globo estabeleceu, de saída, um ganhador. Apenas selecionou os comportamentos reais dos jogadores de modo que (com a ajuda de efeitos externos) fizessem sentido como personagens de uma ficção. Uma gargalhada com reverb, uma exposição de motivos ignorada, uma comparação a personagem maligno, uma brincadeira divertida também ignorada... e pronto: uma imagem já é prejudicada. Já seria complicado de fazer essas "gracinhas" com todos, imagine quando um ou outro é poupado.
Torço pelo jogo e por jogadores específicos. Nessa edição só fiquei realmente abismado com a popularidade do Diego. De resto, a maioria dos movimentos dos outros jogadores me pareceu legítima.
Penso que devemos pensar em todas as formas possíveis de expandir a cultura democrática em nosso país em todas as esferas, do lazer à política. Acho as discussões na qual me envolvi muito valiosas e acho que só podemos minimizar nossas diferenças se reconhecemos, compreendemos, discutimos e respeitamos as mesmas.
Aguardo resposta

Anônimo disse...

Antes de tudo, meus parabéns pelo blog e pelos comentários inteligentes e sensatos. Fiquei feliz em encontrar um site que conseguiu expor muito do que eu tenho sentido nos últimos dias e agradeço a Matilde pela indicação.
Pela primeira vez desde que começou o BBB estou assistindo ao programa, mas dessa vez acompanho como torcedora. Sempre achei o formato interessante, uma espécie de zoológico humano onde as pessoas são observadas e levadas ao limite. Em certo ponto não sinto muita piedade pelos participantes porque foi uma escolha deles estar num programa onde não existe privacidade e todos os seus atos são observados e criticados. Em busca do dinheiro e da fama estão dispostos a vivenciar situações que provavelmente lhes trarão muito prejuízo psicológico, tanto para os que saíram odiados pelo público quanto pelos que viveram seus quinze minutos de fama e tiveram que voltar a se acostumar com o anonimato. Mas o que tem me entristecido é a forma grosseira que muitos blogueiros e seus seguidores criticam os integrantes do BBB, espalham ódio e insultos de forma tão gratuita. Costumo olhar vários pontos de vista para não me fechar em uma verdade absoluta, por isso, algumas vezes leio também textos de blogs que discordam do que penso para entender a sua linha de raciocínio, mas confesso que se tornou motivo de estresse, fico mal com os comentários que só servem para agredir a emissora, o apresentador e os participantes que se destacam. Comecei a pensar que há dois tipos de comentaristas do BBB, os que amam algum participante subdividido em (fanáticos e realistas) e os que só sabem odiar e não torcem por ninguém. Os que amam, mas são fanáticos idealizam o seu favorito, os que amam e são realistas enxergam o participante como ser humano com defeitos e qualidades. Agora, os que odeiam, só sabem falar mal, criticar, estimular a raiva e o rancor das mentes volúveis. Usam a sua inteligência para provocar e tornar amargo algo que seria motivo apenas para diversão. Essa questão de manipulação é relativa, óbvio que a direção fará o possível para entreter a massa. Eles administram um negócio. Quanto ao apresentador? Penso que ele está tentando agradar a maioria, quantos dos telespectadores não se sentem vingados ao ver o Bial colocar os jogadores numa saia justa ou criticar com autoridade? Não existe unanimidade, ninguém agrada a todos. E os participantes? Os chamados privilegiados... pois é, o Diego tem muitos defeitos, grosseiro, intimidador, arrogante, enfim, uma personalidade que não colabora muito para que mereça o prêmio. Mas o que o tornou tão aclamado? A falta de carisma de seus oponentes, pessoas apagadas que só conseguiram passar para o público que sentiram inveja e ao invés de fazer o possível para chamar para si os holofotes, apenas tentaram destruir o que brilhava mais do que eles, usaram uma desculpa esfarrapada de moralismo e perseguição que não colou. Ao menos o Diego e Íris nos proporcionaram cenas hilariantes e bonitas. Não sou tão romântica assim, mas gostava de ver o jogo de sedução que existia entre os dois, misto de amizade, atração, rivalidade. Uma pena ter acabado tão cedo. Foi bom enquanto durou e boa sorte a todos os participantes. Agradecemos o entretenimento.

Anônimo disse...

Foi falha, mas não ato falho. Quis dizer "Não sou adepto a teorias da conspiração e nem assumo a noção de que o povão é burro".

Anônimo disse...

Respondendo a sua pergunta sobre o BB no mundo, assisti ao BB Inglês e lá não existe uma edição criando personagens e estórias desconectadas da realidade da casa (como é a novela mexicana de 5ª que é feita no BBB7). Quando assisti ao programa, ele era exibido durante três horas por dia, sendo uma hora pela manhã, uma à tarde e uma à noite, na TV aberta. Passavam ao vivo, sem cortes, e focavam todos os participantes. Não existe líder e os participantes indicam dois para saírem. Os que forem mais votados se enfrentarão na disputa para permanecer no programa. As provas para alimentação são mais construtivas e inteligentes. As pessoas são colocadas para produzir algo. Além de disputarem a comida, eles são submetidos a outras provas para ganharem o direito de dormir no melhor quarto, mas não é um líder. Apenas usufrui um quarto privativo.

No programa da escolha dos que sairão e no programa da eliminação, a interação com o mediador é feita democraticamente, todos são chamados a participar, NÃO EXISTE PREFERÊNCIA. Nestes programas são feitos resumos do que aconteceu na casa no período e as edições são fidedignas à realidade. Os conflitos surgem naturalmente e são exibidos sem maniqueísmos. Os participantes "zoam" uns com os outros.

Assisti ao programa em que a Jade (que participou recentemente do programa BB Celebridades Inglês e que criou a polêmica do racismo) participou pela primeira vez. Chamou-me atenção o fato dela estar conversando com outro participante e ele falar que tinha uma amiga brasileira, a Jade era muito ignorante, não sabia que idioma se falava aqui e quando soube que era português ela disse "portuguenese" ao invés de "portuguese", era muito engraçada e já criava confusões.

No final do programa existem vários prêmios, como por exemplo, a melhor briga, a melhor cena etc.

Também assisti, desta vez pela internet, ao BB Belga, igualmente bom.

A casa era toda de paredes de vidro. As provas para comida mesclavam atividades construtivas, de resistência e habilidade, como por exemplo, ter que tirar um saco cheio de coisas, que estava pendurado na piscina, sem derrubá-lo. Era uma atividade coletiva e de habilidade. Outra prova que achei interessante foi a montagem de um guarda-roupa, tipo "do it yourself" num tempo determinado (obviamente menor do que normalmente seria para montar). As pessoas tomam banho sem roupa, a nudez é algo natural, não é este espetáculo que é aqui. Os namoros surgem, os conflitos também, as afinidades, as divisões, enfim, o que é um reality show com desconhecidos confinados. E ficam realmente confinados e sem contato com qualquer pessoa de fora. As conversas no confessionário são mostradas, o Big Brother questiona os participantes sobre as suas atitudes, mas sem atribuir valor. O programa é movimentado pelas provas, quase diárias, a que são submetidos os participantes.

Ambos os programas que assisti (o inglês e o belga) foram muito interessantes e mostraram a realidade da convivência.

Por isto, sou por um bbb verdadeiro.

Anônimo disse...

Confesso ser um crítico do modelo de programa exibido hoje na tv aberta, que, na minha opinião, consegue influenciar a visão das pessoas com sua a ficção maniqueísta, sob o rótulo de reality-show. Penso isso, pois pessoas que me circundam e têm como "fatos" apenas os exibidos em tv aberta, mesmo sendo pessoas educadas, com acesso a informação e instruídas, se negam a admitir esta ficção produzida pelo programa, o que não significa que eu tenha-as como ignorantes.

Talvez as minhas críticas sejam alimentadas pela minha expectativa frustrada de desejar ver um programa onde eu possa, independente das edições, me identificar com um participante e fazer análises particulares sobre o comportamento dos demais sem influências externas.

Concordo com você que há uma necessidade de padronização do comportamento do mediador e isso já faria uma diferença enorme, mesmo existindo a ficção, já que ele é o ícone do BBB e as suas opiniões se propagam de uma forma fácil e absurda. Acho que a melhor forma de praticá-lo seria o mediador não se envolver com o programa, não o assistir e seguir um roteiro de apresentação. Apesar de eu acreditar que, com um pouco de esforço impregnado de profissionalismo e ética, poderia-se facilmente camuflar a parcialidade.

Como você, acho que não existe manipulação direta no programa por parte da emissora. Não acho que ela arriscaria perder a sua credibilidade, já um pouco arranhada nesta edição, visando beneficiar-se dos seus resultados.

Acredito que o diálogo, o compartilhamento e a assimilação de opiniões diferentes é a melhor forma de, mesmo sem consenso, crescermos em conjunto e praticarmos valores às vezes esquecidos por nós, como tolerância e respeito às diferenças.

Como um freqüente "postador" de comentários em seu blog, tenho a mesma impressão do Heineken de que "se entendi bem, apenas uma pequena parte do seu texto descreve atitudes e idéias como as que eu mostrei aqui. Por isso, não me sinto direta e pessoalmente afetado por tudo que você expôs. Corrija-me se eu estiver errado".

Congratulações pelo ótimo texto.

Kane disse...

por um bbb verdadeiro,
... gostei. Em tempo oportuno falaremos sobre suas impressões.


Léo,
... passando aqui rapidinho, mas, vou voltar mais tarde e troco idéias com vc a cerca se seu comentário. Abraço.

Heineken,
... da mesma forma. Mais tarde. Agora estou ocupadinho.

Os comentários de vocês são dignos de atenção e com certeza vamos trabalhar em cima disso. Adianto ao Léo e Heineken que nada contra vocês. O que foi dito não foi de maneira nenhuma visando vocês. muito pelo contrário. Comentários como o de vocês me inspiram e a discussão se torna rica, elucidativa e porque não educativa. Aqui tambem podemos apreder. Nem que seja a ouvir(ler) opiniões divergentes. São muito felizes em suas colocações. Essa é a minha percepção.

Obrigado pelas visitas.
Abraço.

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